tag:blogger.com,1999:blog-19474957483192783062024-02-21T00:15:33.980-03:00Alguns Escritos...deixando a palavra* solta a se escrever como lhe convier, pois é ela* quem dita as regras deste espaço... no mais é nada além de especulação...Anonymousnoreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-43043530952649957432007-12-03T11:46:00.000-02:002007-12-03T11:48:47.245-02:00O Espírito de Natal<div align="justify">- Bate o sino, pequenino, sino de Belém, já nasceu o Deus menino, para o nosso bem. </div><div align="justify"><br />Mateus olhava o coral de crianças da Igreja Matriz da cidade com inveja. Todas elas tinham lindas túnicas azuis e sapatos novos, estavam limpinhos e eram observados, com orgulho, por seus pais e mães. Ele não. Seus pés eram protegidos apenas por um par de chinelos roubados há algum tempo da venda do Seu João. Nem se lembrava mais já quanto tempo vestia aquela camisa (que também foi furtada de Seu João, seu “maior cliente”) e os olhares que recebia eram de terror e nojo.</div><div align="justify"><br />- Ora, suma daqui, seu pivete!<br /></div><div align="justify">Uma beata o afastou da Igreja com leves pancadas na cabeça. Ele correu, tomando alguma distância, e depois gritou para a mulher:<br />- Carola, mal amada! Velha, nariz de porco!<br /></div><div align="justify">A mulher balança a cabeça , reprovando a atitude do menino. Depois se voltou para uma amiga e disse:<br />- Esses pivetes! Ouviu o que ele disse? Realmente, não sabem o que significa o espírito do Natal.<br /></div><div align="justify">Mateus não entendia mesmo essa data. Ouviu certa vez no rádio que o Natal era um dia em que deveríamos expressar nosso amor pela família. Mas qual família? Seu pai era um bêbado que há quatro anos deu uma surra tão grande em sua mãe que a derrubou de uma escada e a matou. Ficou tão consternado com aquilo que enlouqueceu e se suicidou três dias depois.<br /></div><div align="justify">Ele ouviu também que era tempo de perdoar, ser gentil e amável. Até que fazia isso em Dezembro. As pessoas eram menos duras e ele retribuía. Mas com o passar do ano era difícil manter esse sentimento, pois todos voltavam a olhá-lo com olho torto, ódio e desprezo, fossem ou não seus clientes.<br /></div><div align="justify">Mas mesmo não entendendo o Natal direito, Mateus gostava dele. As ruas ficavam mais bonitas e iluminadas, tinha música que o divertia e sempre ganhava uma bola da prefeitura (“Ta certo que não duravam uma semana, mas presente é presente”).<br /></div><div align="justify">O que mais o agradava no Natal, no entanto, era a visita de um velho amigo. Todo dia 25 de Dezembro, um andarilho passava pela sua cidade, ia até a ponte onde ele pernoitava e lhe presenteava com um pedaço de pão doce.<br />- Feliz Natal, meu filho.<br /></div><div align="justify">Ele o conhecia havia quatro anos, estava nas ruas há pouco tempo na época. Lhe ensinou alguns segredos da “arte de furtar” (que Seu João conhece tão bem), o levou até aquela ponte (onde ele também dormia quando era criança) e lhe deu aquele pão.<br />- Me escuta, garoto. Num levo ocê comigo porque pra onde eu vô não é bão pra criança. Mas prometo sempre te visitá no Natal se ocê promete que vai ser sempre homem direito, pessoa de bom coração.<br /></div><div align="justify">O velho sorriu ao ver o rostinho alegre do menino.<br />- E qual o nome do senhor?<br /></div><div align="justify">Ele ficou intrigado com a pergunta, já faz anos que ninguém lhe pergunta o nome. Sempre o tratam de “velho” ou “mendigo”. Talvez até tenha se esquecido do nome de batismo. Então, deu uma longa gargalhada e respondeu:<br />- Papai Noel!<br /><br /><br />Mateus perambulava com sua bola nova pelas ruas de um bairro pobre da cidade, quando escutou o choro de uma criança.<br />- Eu quero, mãe... Eu quero um presente do Papai Noel!<br /></div><div align="justify">A mulher olhava com tristeza para o filho. Mal tinha dinheiro para a comida, quanto mais para presente e, nesse ano, o tumulto na prefeitura foi tão grande que não conseguiu pegar nada.<br /></div><div align="justify">Mateus se sentiu mal por ver o menino triste. Olhou para a bola que tinha surrupiado de forma homérica (teria uma ótima história para contar para o velho nesse ano) e depois para o garoto chorando. “Ora, eu não gosto de bola mesmo”.<br />- Ei, garoto!<br /></div><div align="justify">O menino, soluçando, se virou para ele.<br />- Se eu te der essa bola, você para de chorar?<br /></div><div align="justify">O menino assentiu com a cabeça e disse:<br />- Mas você não é Papai Noel pra dar presente.<br />- Ora, eu sou amigo dele.<br /></div><div align="justify">O menino agarrou a bola, disse um obrigado às pressas e correu para o colo da mãe para mostrar o presente. Mateus olhou para o garoto por alguns segundos ainda e depois saiu assoviando rua abaixo.<br /></div><div align="justify">A mãe levou o filho para dentro e depois comentou o que tinha acontecido.<br />- Pensei que não existiam mais pessoas que entendessem o que realmente significa o espírito do Natal.<br /></div>gustavo samuelhttp://www.blogger.com/profile/13753483858978589813noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-50638050165365179522007-11-19T07:33:00.000-02:002007-11-19T07:34:27.030-02:00Aqueles olhos azuisJá aviso de antemão, leitor, esse é mais um daqueles textos enfadonhos, onde o narrador fica se lamentando por estar sozinho, culpando as pobres Moiras por seu desgraçado destino, choramingando, pedindo à lua que leve um recado de amor à sua amada, que ele nem sabe quem é.<br />Vai embora? Sorte sua. Mas se quiser sentar e saber por que estou querendo escrever essa coisa, tudo bem. Deixo esse conto para depois. Suco, café, cachaça? Pode se servir, a casa é sua.<br />Por onde começo? Deixe-me ver. Era uma noite que qualquer poeta adoraria “poetizar”. O céu estava estrelado, a lua cheia, imponente, belíssima. Eu estava perambulando pela avenida Beira Rio, o ponto turístico mais importante da minha cidade, Itumbiara, inventando enredos para histórias, que nunca conseguirei escrever.<br />Vi que já estava tarde e resolvi ir para casa. Tenho o costume de andar olhando para baixo e só de vez em quando levanto a cabeça para verificar se não há nada no meu caminho, por isso, muitas vezes tenho a impressão que as pessoas aparecem por encanto na minha frente. E foi assim que ela apareceu diante dos meus olhos, por encanto.<br />Ela era linda. Alta, cabelos longos e escuros, uma pele branquinha e aqueles olhos... Com certeza, o que mais me cativou foram aqueles olhos azuis, que pareciam observar o infinito. Ela segurava firme um cão, que a guiava entre aquelas pessoas. Suponho que seja cega. Fiquei inerte, totalmente embevecido por aquela beleza radiante. Ela passou por mim, impassível, e se foi...<br />É! Se foi! E eu fiquei lá, feito um idiota olhando para o nada. Quando me toquei, ela já tinha desaparecido. Meeeeeeerda. Eu a procurei em todos os lugares, mas nada. Eu deveria ter feito alguma coisa, falado alguma coisa. Agora, ela nem sabe que eu existo. Merda. Merda. Merda. Eu sou um grande idiota.<br />Não posso nem maldizer o destino, a má-sorte, o raio que o parta!!! A culpa foi toda minha. Droga. Já to chato, né? Também, acabamos com a garrafa de cachaça. Ah, você não bebe cachaça? Então, eu acabei com a garrafa de cachaça. Porque eu não me jogo no rio e acabo com esse tormento? Olha, isso não é idéia que se dê a um pseudo poeta bêbado. Eu quero viver , leitor. Quero ver de novo aqueles olhos azuis.gustavo samuelhttp://www.blogger.com/profile/13753483858978589813noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-28903454228195670992007-11-03T14:58:00.000-02:002007-11-03T15:02:36.525-02:00A guerra entre os homens e os deusesHá muitos séculos atrás, os deuses gregos se declararam senhores da terra, do céu, das águas e até das almas de todos os seres. Construíram para si um palácio no monte Olimpo e de lá reinavam sobre tudo e todos.<br />Pela boca de seus sacerdotes, diziam que todas as suas obras e eram perfeitas e que deveriam ser amados e respeitados por todos. Entretanto, apesar das belas palavras dos sacerdotes, eles não eram tão bons assim. Nunca ouviam as preces de seus fiéis; Exigiam, como sacrifício, a maior parte da colheita das vilas que “protegiam”, as ovelhas mais gordas e as virgens mais belas. Cidades inteiras eram devastadas pelo menor “pecado” ou mesmo para seu simples deleite.<br />No entanto, à medida que o poder deles aumentava, o povo notava que nada ganhavam com “a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">proteção</span> divina”. Alguns, desaforados infiéis, ousavam gritar em praça pública que os Olímpicos eram desnecessários e que nem mais um grão de trigo deveria ser entregue a eles.<br />Zeus, rei de todos os deuses, estava cada vez mais preocupado. Hera já reclamava que não mais recebia suas adoradas ovelhas em sacrifício. Hermes anunciara que os homens deixaram de ofertar a eles virgens, que tanto agradavam o senhor dos raios e trovões.<br />Chamou, então, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Ártemis</span>, a temível caçadora, e a enviou para a Terra. Infalível, a deusa da lua enviou centenas para o reino de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Hades</span>. Isso fez os homens se calarem por um tempo. Mas o sonho era maior que o medo e a revolta voltou. As flechas da deusa também, mas para cada rebelde morto, dois novos surgiam.<br />Entre os mortais, várias histórias de vitória eram ouvidas. Contavam que em uma terra fria e distante, os seres humanos tinham se libertado da opressão dos deuses comandados por <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Odin</span> e viviam felizes. Uma pequena vila no Norte da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Ática</span> que resistia corajosamente à fúria dos raios de Zeus era símbolo da luta por liberdade.<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Atena</span> e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Eros</span>, surpreendentemente, abandonaram o Olimpo e juntaram-se à humanidade em sua guerra. A deusa da sabedoria se indignou com a impiedade de Ares e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Poseindon</span>, que aniquilavam cidades inteiras, e decidiu usar seu conhecimento para esclarecer os mortais que ainda acreditavam nos deuses de que eram explorados. O <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">deus</span> do amor respeitava os homens, pois muitos deles, diferente dos moradores do Monte Olimpo, amavam de verdade, sem esperar dinheiro ou favores em troca. Por isso, construiu uma casa em Tebas e vivia a contar histórias de amor e liberdade.<br />A peleja entre deuses e homens se tornava cada vez mais acirrada. Organizados, os homens tomavam o poder em várias cidades. Os deuses respondiam com raios, furacões e terremotos.<br />Uma ninfa, meio deusa, meio humana, tentava entender o que acontecia e ora apoiava os deuses, ora os homens. Perguntou à Gaia, deusa-mãe Terra, de qual lado deveria ficar. Esta respondeu que eram os deuses os merecedores de seu apoio, pois tudo o que existia era criação deles<br />A resposta satisfez a jovem ninfa até que encontrou um ancião que questionou sua posição. Ela, orgulhosa, repetiu as palavras de Gaia. Ele balançou a cabeça negativamente e replicou.<br />- Realmente, foram os deuses que criaram a Terra, a água e o ar. Mas são os homens que transformam tudo isso em riqueza, alimento e progresso. Somos nós que aramos a terra, cuidamos dos animais, construímos cidades maravilhosas e potentes navios. Nós construímos o mundo todos os dias.gustavo samuelhttp://www.blogger.com/profile/13753483858978589813noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-12352824505409826292007-09-04T23:11:00.000-03:002007-09-04T23:24:55.017-03:00Uma garrafa de vinho e o pôr do solO poeta, que mais uma vez se vê sem palavras, se senta à sombra de uma árvore. Traz consigo uma garrafa de vinho do porto e duas taças e uma grande toalha. Ele cobre a grama com a toalha e com cuidado coloca o vinho e as taças no chão. Ele sente a brisa refrescante brincar com seu rosto, contempla o céu azul e dá um grito de alegria.<br />- O dia perfeito!<br />Sim, realmente era o dia perfeito. Mas a perfeição não vinha do brilho sol, do canto dos pássaros ou da esplendida visão do lago em sua frente. Tudo isso só se tornava perceptível por que era hoje o dia em que sua poesia não mais cantaria desilusões, sofrimento ou dor. De hoje em diante não tomaria vinho com amargura, pois acabaram os dias de solidão.<br />O impaciente poeta esfrega as mãos, olha para um lado, olha para outro. Nada. Mas ainda está cedo. Tenta criar um pequeno poema, mas a emoção é grande demais e lhe rouba todas as palavras.<br />-Grande poeta! Não consegue nem ao menos formular uns poucos versos.<br />Mais nervoso ainda, ele deita na grama e fecha os olhos.<br />- Se ao menos eu conseguisse dizer que agradeço a todas as forças do universo, em especial às moiras por terem a colocado no meu caminho e às musas por terem criado a poesia para que eu a pudesse cantá-la. Humpf. Se eu fosse Vinícius poderia dizer que de tudo ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto que mesmo em face do maior encanto. Dele se encante mais meu pensamento” e poderia dizer ainda que meu afeto que deixo “não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas, nem as misteriosas palavras dos véus da alma.” Mas que Vinícius que nada, eu sou só um pobre coitado que não sabe como agradar a mulher amada.<br />O barulho de uma garrafa de vinho sendo aberta faz com que o poeta se levante de sobressalto. A surpresa por ver sua musa encher uma taça de vinho é indescritível. Por um segundo achou que seus olhos brincavam com seus sentimentos e que a sorridente jovem dos olhos castanhos, cabelos negros não estava ali.<br />- Eu... é...<br />- Shiiiii.<br />Ela entrega uma taça para ele e vai para o seu lado, o envolve com o braço direito e apóia sua cabeça no ombro dele.<br />- Muitas vezes, a poesia não precisa de palavras, tudo o que é preciso são verdadeiros sentimentos.<br />Ele sorri para a poetisa e inclina a cabeça, para carinhosamente tocar os cabelos dela. E escrevem sem palavras uma poesia, bebendo vinho e assistindo o pôr do sol.gustavo samuelhttp://www.blogger.com/profile/13753483858978589813noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-22632052592235691072007-09-02T08:42:00.000-03:002007-09-02T08:50:21.097-03:00e na curva do meio-fio...<div style="text-align: justify; font-family: times new roman;">(...)Não, não havia chovido naquela tarde como em todas as outras da semana. Nem mesmo estava com aquela friagem típica da estação. Ao contrário, o sol brilhava como se fosse pleno verão. As ruas, todo o chão estava seco com alguma poeira que o vento fazia dançar em ritmo devagar... Os dois garotos ali, no meio da rua, com a bicicleta nova. O bairro era tranqüilo, nada havia de incomum encontrar crianças brincando nas ruas como se não existissem carros. Porém esses dois irmãos, um garoto e uma garota um pouco menor, chamavam a atenção dos vizinhos por nunca conversarem com ninguém nem brincarem junto às outras crianças. Mesmo entre eles, poucas palavras se podiam escutar. Apenas ficara nítido que era a primeira vez que aquela garotinha montava em uma bicicleta e estava já bastante suja e arranhada, com uma expressão de dor, cansaço e não parecia estar se divertindo.<br /><br />O irmão, entretanto, sabia andar há bastante tempo e ficava apenas olhando e dizendo para ela não cair, não se fazer de lesma e andar mais rápido. Então, na curva duma pequena descida no meio-fio da garagem ao lado, a bicicleta passou em cima duma pedra perdendo o equilíbrio e provocando uma feia queda de lado com a pequena. Esta, então sangrando e toda esfolada com metade do corpo por baixo do pedal, chorou como um bebê e seu <span> </span>sangue foi-lhe subindo ao rosto, começou a engasgar, perdeu o fôlego, soluçando sem parar. Nem assim seu irmão a acudiu; ficou parado assistindo à cena e sorrindo como se até estivesse tirando algo de prazeroso do que via. Podia-se dizer que ele estava quase dando gargalhadas de ver sua irmã sangrando sem conseguir sair da bicicleta. Enfim, um casal que saía da padaria viu e ajudou a garota a se pôr de pé e com<span> </span>controle novamente. Ela nada disse, nem agradeceu nem olhou pra cara deles. Apenas saiu empurrando a bicicleta e pegou o caminho de volta para casa, assustada, soluçando e tentando esconder a cara de choro. O garoto foi logo em seguida, sorridente, chutando pedrinhas e cantarolando como se nada tivesse a ver com ele, parecia até estar num mundo distante do dela e do resto das pessoas também...(...)</div><div style="text-align: justify; font-family: times new roman;"><br /></div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-81976120196622947092007-08-31T14:21:00.001-03:002008-12-09T18:11:56.144-02:00O poder do sorriso autêntico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_xJvz8ELhJm4/RthOxSfeKkI/AAAAAAAAAKE/WPq9ur52O5I/s1600-h/garfield5.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 134px; height: 149px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_xJvz8ELhJm4/RthOxSfeKkI/AAAAAAAAAKE/WPq9ur52O5I/s200/garfield5.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5104916786308852290" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(102, 0, 0);font-family:lucida grande;font-size:100%;" >Ser feliz não é ter tudo que se quer<br />Não é ser tudo o que se desejaria ser<br />Não é fazer tudo que gostaria de poder fazer<br /><br />Ser feliz é aceitar as piores situações<br />Armado com o que há de mais eficaz contra negatividades de outrem,<br />sentindo sair de dentro de si, espontaneamente<br />e sinseramente a arma mor do sorriso verdadeiro,<br />não forçado.<br /><br />Aquele que te lembra as crianças brincando na lama suja e feia,<br />mas com essa arma estampada no rosto e transmitindo a paz em seu coração.<br /><br />Essa arma que desarma qualquer pensamento negativo que poderiam lhe endereçar.<br />Essa arma também é o próprio escudo construído com a força da mente e do coração,<br />servindo como divino instrumento, presente nas criancinhas, independente das circunstâncias;<br />e repassando a pureza e inocência alegre com seus belos e banguelos sorrisos,<br />ainda que no meio da lama e do lodo.<br /><br />Assim como aprendi com um monge:<br />- o diamante que ficou perdido por um tempo na lama não deixou de ser diamante por isso...<br /><br /><br /><br /></span>Anonymousnoreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-39589221424970463212007-07-23T12:44:00.000-03:002008-12-09T18:11:56.270-02:00Insônia<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_xJvz8ELhJm4/RqTYAogCx-I/AAAAAAAAAIY/H_497fb_V7o/s1600-h/48680.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_xJvz8ELhJm4/RqTYAogCx-I/AAAAAAAAAIY/H_497fb_V7o/s320/48680.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090430984218920930" border="0" /></a><br /><span style="font-family: lucida grande; color: rgb(102, 0, 0); font-weight: bold; font-style: italic;">ironia ou sarcasmo? vc decide, pois perdi o sono =]</span><br /> </div><p class="MsoNormal" style="text-align: center; line-height: 150%;" align="center"><b style=""><br /><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><b style=""><o:p></o:p></b>Profundo desvio da vontade</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Inundando a mente com pontadas</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Lampejo de rivalidade</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Atacando com inconscientes facadas</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">Intrusos instigadores de mal-estar</p><div> </div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">Impedindo um ledo descanso jubiloso</p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">Fatores que não prezo em meu lar</p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">Núcleo de fadiga que ataca impiedoso</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Se ao menos pudesse desse mal <span style=""> </span>livrar</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Mas triste verdade o entremeia</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">Eis que é de meu ser uma parte</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">E corre, insolente, em cada veia</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">--<br /></p>Anonymousnoreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-80264226322364069932007-07-13T01:15:00.000-03:002007-07-16T01:55:55.327-03:00Soledad<b style=""><i style=""><span style="line-height: 150%;font-size:16;" ><o:p></o:p></span></i></b><p style="color: rgb(51, 0, 51);"><b style=""><i style=""><span style="line-height: 150%;font-size:16;" ><o:p></o:p></span></i></b><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: italic;font-family:webdings;" ></span></span></p><span style="color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;font-size:100%;" ><span style="font-style: italic;">Percorro, triste, sem rumo<br /><br /></span></span> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Do céu à Terra, entre as nuvens</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Volteio por todo o mundo</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Cores, formas, ruídos surgem</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Divago entremeando a matéria</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Percebo ondas, energias, áureas</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Como nunca estive tão séria</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Notando no respirar a grande láurea</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Represento imagens tangíveis</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Busco o significado primordial</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Que me permite criar até letras legíveis</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">E captar internamente algo de teor causal</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Não sei o que sou essencialmente</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Contudo vivo e o acaso não mente</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Que a luz me guie na trajetória</span></p> <span style="color: rgb(0, 0, 153);font-family:georgia;font-size:100%;" ><span style="font-style: italic;">Criada solipsisticamente para minha história<br /><br />---<br /></span></span>Anonymousnoreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-24329738306400179032007-07-13T00:42:00.000-03:002007-07-16T03:03:22.589-03:00The Task of Thinking "at the beginning of art"<p class="DefaultText" style="text-indent: 30.35pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Times;"><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" >"<span style="font-size:85%;">Heidegger says that the question of the origin of a thing asks about the </span></span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><i style="color: rgb(0, 0, 0);">source</i></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:Times;font-size:130%;" ><span style="font-size:100%;"> <span style="font-size:85%;">of its nature. He asks about the origin from which <i>both</i> artist and work are seen to derive: namely, </span><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >art</span><span style="font-size:85%;">. That which takes its rise <i>from art</i> is both artist and work. And art itself, he asserts, is the source of artist <i>and</i><a href="http://www.eiu.edu/%7Emodernity/whitehead.htm#_edn2" name="_ednref2" title=""><sup><span style=""><!--[endif]--></span></sup></a><i>be what they are</i>. Heidegger generates a tripartite relation between art, artist and work in an encompassing hermeneutic. As Joseph Kockelmans has observed, "if art is the origin of the work of art, art lets those who intimately belong together in regard to the work, namely the one who artistically produces it and those who try to preserve it artistically, each in his own essence, be what they are."</span> </span><span style="font-weight: bold;"> </span><o:p style="font-weight: bold;"></o:p></span></p> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:Times;font-size:100%;" > Thinking and visualising are not indistinct categories, as Maurice Merleau-Ponty reminds us: they are constitutive powers in our understanding and seek a legitimate place in daily life. The thinking that arises from the place of art in society is crucial to the experience of art and its survival. Art's flourishing is proportionate to its quality, and its quality is determined by the impact of its beginning. It is by adherence to its beginnings in <i>an origin</i>, and not simply that of an enjoined art historical tradition, that art gains its visible and social legitimacy. Thinking through material means and events provides the basis for an artist's practice. If the thinker <i>thinks</i> Being, and the poet <i>names</i> the sacred, as Kockelmans suggests, then the task of the artist is to <i>draw forth</i> works from the wellsprings of the in-visible.<br /><br />To think <i>thought</i> is to think the work of thought, and to <i>work</i> the work of thought is to employ the hands. It is through his/her hands that an artist or writer establishes contact with "the austerity of thought," as Henri Focillon once remarked.<a style="" href="http://www.eiu.edu/%7Emodernity/whitehead.htm#_edn30" name="_ednref30" title=""><sup><span style=""><!--[endif]--></span></sup></a> The hand holds and carries. But the hand also runs everywhere through language, and is "in [its] most perfect purity precisely when man speaks by being silent." And so for Heidegger, every movement of the hand carries itself through the element of thinking, for "every bearing of the hand bears itself in that element." Indeed, he submits, "thinking itself is man's simplest, and for that reason hardest [handwork]."The hand and thinking share some mutual obligation: to think is to think and work with the hand. <o:p></o:p><br /><br />The hand is an extra-organic implement of thought, but it is also the extra-organic organ of <i>sight</i>. The hand is, in its dexterous motility, a handling of the things imparted to it by the tactile senses of touch and sight. The artist sees the world with a keener sense, Henri Focillon believes, and as his art is made by his hands, so are his hands the instrument of creation. But before that, such hands are an organ of <i>knowledge</i>; for the artist "starts from the very beginning."<a style="" href="http://www.eiu.edu/%7Emodernity/whitehead.htm#_edn32" name="_ednref32" title=""><sup><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><!--[endif]--></span></sup></a> The hand as a principle of knowledge brings about a factual clearing of sight for creative action. The impulse toward knowing and sightfulness is accomplished through the hand. But what bearings might this have on an artist who is intent on originary beginnings in works of art?<br /><br />Contemporary art has moved away from a determined conceptual stance to one of <i>interactivity</i>. Contemporary artists have been induced to leave the solitude of the studio and engage with the social order. Such artists now deal with a demanding repertoire of social tools and art institutional prerogatives in exhibiting their work. Here we need a discourse that recognizes the artist's perception as <i>mover</i> and <i>shaper</i> of his/her creations. The evident materiality of an artist's discourse must be allowed to forge open-handed aesthetic values, so that we learn to interrogate those practices which are at odds with themselves or with the world."<a style="" href="http://www.eiu.edu/%7Emodernity/whitehead.htm#_edn53" name="_ednref53" title=""><sup><span style=""><!--[endif]--></span></sup></a><o:p></o:p><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:Times;font-size:100%;" lang="EN-AU" ><span style="color: rgb(102, 102, 102);">• by:</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);"> </span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="color: rgb(102, 102, 102);">Derek Whitehead has a background in the visual arts, Classical languages, and Continental philosophy. He holds a PhD from Sydney University, Australia, and is a practicing artist, independent researcher and writer in the areas of aesthetics, aesthetic education, and varying themes in art research from historical and contemporary perspectives.</span> </span><o:p style="font-style: italic;"></o:p></span><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);font-family:georgia;font-size:100%;" lang="EN-AU" > Contact email address: dhw@acay.com.au</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:Times;" ><br /><o:p></o:p><b> <!--[endif]--><o:p></o:p></b></span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-5243489708543421232007-07-12T23:16:00.000-03:002007-07-16T01:44:19.125-03:00Interrogações<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-size:14;" ><o:p> </o:p></span></b><span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-size:100%;" >A natureza selvagem das pedras, dos mares, das florestas</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Provoca cumes de êxtase nas almas sensíveis</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">O que, afinal, originou tais belezas</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Se não foi o homem, sua mente ou fortaleza?</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">D’onde surge a límpida água da cachoeira</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Que desaba com força e beleza</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Dos mais altos montes e desfiladeiros?</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">Como pode existir o arco-íris?</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">Será apenas efeito de óptica?</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">E que perfeito efeito!</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">O que há por trás dessa natureza?</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Será Deus, amor ou poeira?</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(102, 102, 0); font-family: georgia;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Será pura arte do acaso, mágica ou inteligência?</span></p>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-33758001308641812772007-07-08T19:29:00.000-03:002007-07-16T01:30:25.617-03:00Brinquedo Adultil<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-size:16;" ><o:p></o:p></span></b><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Se eu fosse poeta</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Viajaria na fantasia</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Se eu fosse asceta</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Viveria de poesia</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Se poeta eu fosse</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Guerra não existiria</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Se eu tivesse posse</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">A miséria acabaria</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Mas se eu fosse arquiteta</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Projetaria uma pradaria</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">Uma humanidade reta e</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 153, 0);">A Natureza reinaria</span><o:p></o:p></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-41131201362269670102007-07-03T13:08:00.000-03:002007-07-16T01:42:08.849-03:00Limites da liberdade<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro da voz que não me dita:</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">- Deves fazer isto e não aquilo...</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro da liberdade bendita</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Que não deixa meu erro tranquilo</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro da dor que não escolhi</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Aquela que me impuseram com força</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro dessa dor pela qual agradeci</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">E agradeço ainda pela moça dor</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro do desalento de usufruir</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Desse presente doído </p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">O qual agarro pra não escapulir</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro desse esforço de viver comigo e contigo</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-family: georgia; font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Sofro pelo malogro soberbo de querer retribuir</p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102); font-family: georgia;font-family:lucida grande;" >O dom de ter consciência e ter nascido</span><o:p></o:p></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-37519169050525046482007-06-26T20:21:00.000-03:002007-07-16T01:48:06.022-03:00Sátira<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:courier new;font-size:100%;" >Viagem do esquecimento de cores mais escuras</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Do pensamento, do acabamento </span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Dos ares obscuros de afundamento do ser,</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Do ter, do perceber, do perecer...</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Eis a fossa, modesto lar dos desafortunados</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Enfiados na joça do seguir...</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">À procura das palavras, sutis, ensaios, de parca representação</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Funesta deixa da contradição,</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Exuberante ambigüidade da mísera comunicação</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;">Hipócrita igualdade...</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(51, 51, 51); font-style: italic;font-family:lucida grande;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>...sociedade</span></p>Anonymousnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-68057061848163300222007-06-26T12:45:00.001-03:002007-07-16T01:28:03.086-03:00Uma melancolia realista<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Se a palavra “absoluto”<span style=""> </span>existe</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Muita utilidade positiva</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Não encontra, e subsiste</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Na dialética relativa</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Estuda-se ciências humanas</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Com critérios, empirismos</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Mas se questiona a validade</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">De dar azo a tantos objetivismos</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 234pt; text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Em análises de ocorrências</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Motivos plangentes pululam</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Faz soçobrarem turbulências</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(153, 51, 0); font-style: italic;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:100%;">Mata-se ideais, povos lutam</span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-40999195500573071072007-06-26T12:43:00.000-03:002007-07-16T01:51:51.166-03:00Refletindo sobre o absurdo<span style="color: rgb(204, 255, 255);font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:85%;" >"<span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:130%;" >(...)Se é verdade, tal como Nietzsche o quer, que um filósofo, para ser estimável, deve dar o exemplo, avalia-se a importância desta resposta, visto que ela vai preceder o gesto definitivo.</span></span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" > São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso aprofundá-las para as tornar claras ao espírito। Se pergunto a mim próprio como decidir se determinada interrogação é mais premente do que outra qualquer, concluo que a resposta depende das ações a que elas incitam ou obrigam. Nunca vi ninguém morrer pelo argumento ontológico. </span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >Galileu, que possuía uma verdade científica importante, dela abjurou com a maior das facilidades deste mundo, logo que tal verdade pôs a sua vida em perigo। Fez bem, em certo sentido। Essa verdade não valia a fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro, é-nos profundamente indiferente. A bem dizer, é um assunto fútil. Em contrapartida, vejo que muitas pessoas morrem por considerarem que a vida merece ser vivida. Outros vejo que se fazem paradoxalmente matar pela idéias ou pelas ilusões que lhes dão uma razão de viver (o que se chama uma razão de viver só ao mesmo tempo uma excelente razão de morrer).</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" > Julgo pois que o sentido da vida é o mais premente dos assuntos —das interrogações। Como responder-lhes?</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >(...)</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >Importa-nos a relação entre o pensamento individual e o suicídio. Um gesto como este prepara-se, tal como acontece com uma grande obra, no silêncio do coração. O próprio homem o ignora. Uma bela noite, dá um tiro ou atira-se à água. De um gerente de prédios de rendimentos que se matara, diziam-se certo dia que ele perdera a filha havia cinco anos, que mudara muito, desde então e que essa história "o havia consumido". Não se pode desejar palavra mais exata. (...)</span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >As pessoas raramente se suicidam (a hipótese, no entanto, não se exclui) por reflexão। Aquilo que provoca a crise é quase sempre incontrolável. Os jornais falam muitas vezes de "desgostos íntimos" ou de "doença incurável". São explicações válidas. Mas era preciso saber se nesse próprio dia um amigo do desesperado não lhe falou num tom indiferente. Porque isso pode bastar para precipitar todos os rancores e todos os cansaços ainda em suspenso. Mas é difícil de fixar o momento preciso, o movimento sutil do espírito em que este se determinou pela morte, é mais fácil de tirar do próprio gesto as consequências que ele implica. Matar-se, em certo sentido (e tal como no melodrama), é confessar. É confessar que se é ultrapassado pela vida e que a não compreendemos.</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >(...)</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >Viver, naturalmente, nunca é fácil। Continuamos a fazer os gestos que a existência ordena, por muitas razões, a primeira das quais é o hábito. Morrer voluntariamente implica reconhecermos, mesmo instintivamente, o caráter irrisório desse hábito, o caráter insensato dessa agitação cotidiana e a inutilidade do sofrimento. Qual é então esse incalculável sentimento que priva o espírito do sono necessário à sua vida?</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" > Um mundo que se pode explicar, mesmo com más razões, é um mundo familiar, mas, pelo contrário, num universo subitamente privado de ilusões e de luzes, o homem sente-se um estrangeiro। Tal exílio é sem recursos, visto que privado das recordações de uma pátria perdida ou da esperança de uma terra prometida. Esse divórcio entre o homem e a sua vida, entre o ator e o cenário. É que é verdadeiramente o sentido do absurdo. Como todos os homens sãos já pensaram no seu próprio suicídio, pode reconhecer-se, sem mais explicações, que há um elo direto entre tal sentimento e a aspiração ao nada.</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >(...)</span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >A priori, e invertendo os termos do problema, da mesma maneira que a gente se mata ou não se mata, parece haver unicamente duas soluções filosóficas: a do sim e a do não. Seria belo demais. </span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" > Há que contar, porém, como aqueles que, sem tirarem conclusões, interrogam sempre. Aqui, mal ironizo: trata-se da maioria. Vejo igualmente que os que respondem não agem como se pensassem sim. De fato, se aceito o critério nitzscheano, eles pensam sim de uma maneira ou de outra. Pelo contrário, acontece muitas vezes que precisamente os que se suicidam eram os que estavam certos de haver encontrado um sentido da vida. </span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >(...)"</span><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" ><br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >In: "</span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman;font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" >Ensaio sobre o Absurdo", A.Camus</span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1947495748319278306.post-42036624706771061572007-06-26T12:39:00.000-03:002007-07-17T00:28:32.192-03:00Precariedades<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Se a sociedade valoriza<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">A certeza ou a dúvida</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Quais favores realiza</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Com a cultura escolhida?</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Se a indagação é tão grande</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Com a moda dita do flexível</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Por que pressiona tão forte e indeferível</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">A sua cega obediência e breve resolução?</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">A palavra<span style=""> </span>mostra-se tão carente</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">De perfeição, precisão, precaução</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Assim como o humano impotente</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">De controlar na linguagem, a adesão</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Já a entonação é extra-sensória</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Vai além do pobre vernáculo</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(153, 0, 0); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">Tanto influencia, bela e ilusória</span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 204); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Ruim é quando se põe como </span><span style="color: rgb(153, 0, 0);">obstáculo</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 204); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 204); font-style: italic;font-family:webdings;"><span style="font-size:130%;">táculo</span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0